Introdução ao Teste
O teste de Rorschach (popularmente conhecido como "teste do borrão de tinta") é uma técnica de avaliação psicológica pictórica, comumente denominada de teste projetivo, ou mais recentemente de método de autoexpressão. Foi desenvolvido pelo psiquiatra e psicanalista suíço Hermann Rorschach.
O teste consiste em dar respostas sobre com o que se parecem as dez pranchas com manchas de tinta simétricas. A partir das respostas, procura-se obter um quadro amplo da dinâmica psicológica do indivíduo. O teste de Rorschach é amplamente utilizado em vários países.
As pranchas do teste, desenvolvidas por Rorschach, são sempre as mesmas. No entanto, para a codificação e a interpretação das informações, diferentes sistemas são utilizados.
Paralelamente ao "Teste de Rorschach" propriamente dito, Rorschach desenvolveu em 1921 juntamente com Hans Behn-Eschenburg uma segunda série de pranchas que ficou conhecida como Behn-Rorschach ou simplesmente Be-Ro-Teste.
Hans Zulliger publicou em 1948 um teste semelhante, mas em forma de slides a serem projetados na parede, chamado Teste Z. Esse teste, originalmente pensado como um teste para grupos, foi posteriormente editado em pranchas e utilizado como uma forma breve do teste de Rorschach, com apenas três pranchas.
A lógica do teste
O teste de Rorschach, como todos os testes projetivos, baseia-se na chamada hipótese projetiva. De acordo com essa hipótese, a pessoa a ser testada, ao procurar organizar uma informação ambígua (ou seja, sem um significado claro, como as pranchas do teste de Rorschach), projeta aspectos de sua própria personalidade.
A hipótese projetiva baseia-se no conceito freudiano de projeção: um mecanismo de defesa, através do qual o indivíduo atribui de maneira inconsciente características negativas da própria personalidade a outras pessoas (projeção clássica).
Pranchas do Teste
Quantidade de respostas
É esperado que pessoas saudáveis consigam dar pelo menos 14 respostas entre as 10 manchas. Para que a pessoa não pense que deve dar apenas uma por mancha, na primeira mancha ela é instruída a dar mais de uma resposta. Pessoas que apesar de serem estimuladas não conseguem dar muitas respostas podem ser interpretadas com tendo menor capacidade cognitiva, como tendo tendência a depressão ou como indicativo de problemas mentais sérios.
O número normal de respostas é de cerca de 23 no total, por volta de 2-3 por mancha. Quem consegue dar mais de 30 respostas pode ser visto como mais criativo, com mais recursos e com maior capacidade intelectual.
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